quarta-feira, 31 de outubro de 2018

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Como se motivar para atingir seus objetivos, de acordo com uma teoria surpreendente de psicólogos.

Você tem dificuldade para se motivar (e cumprir o que quer e precisa)? Uma teoria recente de dois psicólogos aponta que a solução é muito simples - uma prática que muitos fazem, mas com outros objetivos.
Não sabe como se motivar? Uma teoria recente de dois psicólogos aponta que a solução é muito simples – uma prática que muitos fazem, mas com outros objetivos. Em matéria, o site Quartz explicou a teoria de Lauren Eskreis-Winkler, psicóloga da Wharton School que estuda motivação, e Ayelet Fishbach, professor de Ciência Comportamental na Escola de Negócios Booth, da Universidade de Chicago.
Segundo os estudiosos, há anos os psicólogos conectaram os problemas mais comuns relacionados ao autocontrole com a falta de motivação de transformar o conhecimento em ação. “ Percebendo isso, decidimos transformar a solução padrão: e se, em vez de buscarmos conselhos, pedíssemos às pessoas com dificuldades que dessem para os outros? ”, escrevem Eskreis-Winkler e Fishbach em artigo sobre a pesquisa no MIT Sloan Management Review.
Para responder a pergunta, eles conduziram uma série de experimentos com pessoas que lutavam para ter autocontrole em algum âmbito. Os objetos de estudo eram orientados a dar conselhos para os outros sobre os próprios problemas que enfrentavam – como desemprego, falta de dinheiro, raiva e baixo desempenho escolar.

O segredo de como se motivar.

O senso comum diz que se você não consegue atingir seu objetivo, deve pedir conselho para alguém que já foi bem-sucedido no que você busca. Por exemplo, alguém que já conseguiu o emprego que você quer, ou que perdeu peso, foi promovido. De acordo com Eskreis-Winkler e Fishbach, no entanto, essa premissa não ajuda, na realidade. Para eles, a chave de como se motivar é o contrário: aconselhar.
A partir dos estudos, os resultados fortaleceram essa teoria. Em uma das pesquisas, 68% dos desempregados disseram que se sentiam mais motivados a procurar emprego depois de dar conselhos do que depois de recebê-los. Similarmente, outro estudo mostrou que 72% de pessoas que lutam para poupar dinheiro disseram que dar conselhos os motivou a guardar mais do que receber dicas de especialistas.
Além disso, dar conselhos foi mais efetivo do que recomendações profissionais para 77% de adultos que tentavam técnicas de controle de raiva. Por fim, 72% de pessoas que lutam para perder peso disseram que dar conselhos sobre perda de peso fez com que eles se sentissem mais confiantes do que conversando com uma nutricionista experiente.
Ainda mais surpreendentemente, os participantes dos experimentos desconheciam completamente a teoria sobre a eficácia dos conselhos. “ Eles sempre esperavam que eles e os outros se sentissem menos motivados por dar conselhos do que por recebê-los ”, conta Fishbach ao site Quartz.

Por que isso funciona?

Essa falsa sensação da ineficiência de aconselhar parte da presunção de que o baixo desempenho é o resultado de falta de conhecimento. Porém, a verdade é que a as pessoas desmotivadas frequentemente sabem o que precisam fazer para obter sucesso em seus objetivos – a diferença é que não agem de acordo.
“Dar conselhos, em vez de recebê-los, parece ajudar pessoas desmotivadas a se sentirem poderosas, porque envolve refletir sobre o conhecimento que elas já possuem”, destaca o Quartz. Então, se você não sabe as estratégias ou recursos necessários para progredir, pedir um conselho pode ser a melhor aposta. No entanto, se você sabe o que fazer, mas está com dificuldades para agir, dar conselhos pode ser o que você precisa.

Fonte: www.napratica.org.br/ - Suria Barbosa

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

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O que é empatia?

Roman Krznaric, filósofo especialista, explica como aplicá-la na carreira.

O Na Prática conversou com Roman Krznaric, filósofo considerado uma autoridade sobre empatia, uma habilidade indispensável para uma vida e carreira de sucesso. Aprenda seus benefícios e como desenvolvê-la.

O que é empatia? Segundo o filósofo australiano Roman Krznaric, empatia é sobre “ achar a humanidade compartilhada ”. Considerado uma autoridade no assunto, o especialista é autor do livro “ O poder da empatia: A arte de se colocar no lugar do outro para transformar o mundo ”. Além disso, é membro docente e fundador da The School of Life, de Londres, e professor de Sociologia e Política na Universidade Cambridge e na City University.
Em entrevista para o Na Prática, Krznaric discorreu não só sobre o que é empatia, mas sobre seus benefícios para o ambiente de trabalho e para a carreira.

O que é empatia: “ calçar o sapato do outro ”?

Em muitas ocasiões, a prática da empatia é resumida por “ calçar o sapato do outro ”. Embora não esteja errado – até o filósofo utiliza essa descrição – abre margem para uma possível interpretação (e experiência) erradas. “ Não é apenas sobre calçar os sapatos do outro com os seus próprios preconceitos e estereótipos ”, destaca ele. 
É necessário ter uma mentalidade aberta para conhecer. Entre outras coisas, isso significa fazer conexões inesperadas, sair da forma usual de pensar e falar, se preciso, superar barreiras (preconceitos, esterótipos, etc.).
“ Quase não existe jeito melhor de desafiar seus preconceitos e estereótipos sobre alguém do que falar com essa pessoa e ouvir o que eles têm a falar ”, afirma Krznaric, “ e você pode muito bem descobrir que estava errado e isso te ajuda a não transferir muito de si mesmo ”.

Por que ela é aliada no ambiente de trabalho? 

Segundo o especialista, a empatia é o que cria bons relacionamentos, tão indispensáveis para ser bem-sucedido em qualquer ambiente de trabalho. Mas como fazer isso, de fato? “ A chave é desenvolver a habilidade de ‘ouvir empaticamente ”, explica Kznaric. 
Isso significa, primeiro, saber ouvir outras pessoas sem interrompê-las e dar oportunidade para que elas se abram. E também se atentar a dois tipos de informações, que o interlocutor pode passar até inconscientemente:
  • sentimentos
  • necessidades
“ A ‘habilidade de ouvir empaticamente’ realmente unifica as organizações e faz os relacionamentos funcionarem. E isso é, de fato, crucial para uma carreira de sucesso.”

Relação inusitada

Além de beneficiar a criação de relacionamentos significativos, e primordiais para a trajetória profissional, Krznaric explica uma relação existente entre a empatia e produtividade. Na realidade, são duas as relações, mas uma reforça a empatia e sua importância, inclusive no trabalho.
“ Uma das coisas que diminui a empatia é um desejo de eficiência e velocidade”, diz o especialista sobre a primeira das associações, que é inversamente proporcional. Por exemplo, se você está correndo para não se atrasar para uma reunião e passa por alguém que precisa de cuidado ou de ajuda, há menos chances de parar, segundo estudos. 
De outro lado, há mais chances de se criar um ambiente de trabalho produtivo se existem relacionamentos altamente empáticos, porque as pessoas compartilham informações e aprendizado. “ Pensamos em eficiência como sendo racional e empatia como sendo emocional. No entanto, essas coisas sempre trabalham juntas.”

Como desenvolver a habilidade de empatia?

Reunimos algumas dicas de Krznaric sobre as melhores formas de desenvolver a empatia.

#1 Fomente sua curiosidade sobre os outros

“ Desenvolva sua curiosidade sobre os desconhecidos conversando com um estranho uma vez por semana. Fale com alguém que é diferente de você – a mulher que lhe vende jornal ou pão a cada manhã. Tente ultrapassar a conversa superficial, porque é sobre achar a humanidade compartilhada, desafiar suposições.

#2 “ Ouça ” os sentimentos

“ Pense ‘como posso praticar empatia nas minhas relações cotidianas?’ Em particular, ouvindo empaticamente. Como eu posso realmente ouvir meu filho, filha, marido, esposa, colega de trabalho, e realmente praticar a habilidade de ouvir os sentimentos e necessidades das pessoas.”

#3 Lute por alguma causa que te move

“ A terceira coisa é [pensar] ‘como posso me empenhar em ser empático em uma comunidade maior?’, ‘como posso fazer parte de um movimento?’. É sobre entender a perspectiva dos outros e lutar pelos direitos de quem a humanidade foi marginalizada. O que você pode fazer? Quais são as causas com que você se importa? E acho que os seres humanos prosperam quando são parte de algo maior do que eles mesmos.”

Fonte:
www.napratica.org.br – Suria Barbosa