terça-feira, 29 de janeiro de 2019

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A direção de sua vida é marcada por seus valores, não por seus objetivos.

Artigo traduzido e adaptado de La Mente es Maravillosa.

Que impressão você gostaria de deixar quando tudo acabar? Às vezes bate aquela sensação de que não temos o controle. Parece que somos um grande ônibus seguindo as indicações dos passageiros que nos acompanham naviagem. Acatamos decisões que as pessoas nos recomendam e acabamos por tomar outra direção, bem diferente da que tomaríamos se seguíssemos a intuição dos nossos valores.

A insegurança é uma bagagem que pesa demais, pesa no corpo e aprisiona o espírito, arranca a liberdade, o gosto por ser livre. O inseguro quase nunca está certo de suas decisões e se torna dependente de que outros as tomem por ele.

Nisso a vida vai passando, o tempo correndo veloz sem esperar por ninguém.
Porque o tempo não espera, a vida não estaciona a esperar que façamos nossas escolhas com calma.
E é por saber que tudo está em movimento, que a vida corre a galope, que optamos rápido pelo caminho que nos parece mais ideal aos nossos propósitos.

E nisso, independente do resultado, de alguma forma já estaremos perdendo alguma coisa, porque toda escolha implica numa perda, mas nos daremos por satisfeito se os ganhos superarem a perda. E isso é bom quando a decisão partiu da gente, quando não nos orientamos apenas pelas vozes do senso comum, quando não apenas seguimos as placas indicadoras deixadas por
outros.

Você é quem melhor sabe o que é melhor para você, mas a pressão que vem de fora quer te fazer acreditar que não, que o caminho padrão traçado pela sociedade é que é por onde você deve trilhar. Sair desse caminho, tentar uma trilha alternativa, tem um preço que a maioria não está disposta a pagar. Você
está disposto a pagar? talvez esteja, talvez não; pode ser que se atraia mesmo pelo convencional, por seguir no estouro da boiada ainda que tenha que sacrificar seus valores.

Valores são direções de vida

Para começar, um valor não é um resultado em si mesmo, não é um objetivo; um valor não se esgota, está sempre ali. Os valores definem as palavras que você vai usar para moldar o argumento de sua vida: aceitação, persistência, ordem, conformidade, imparcialidade ou intimidade. Uma longa lista composta de direções que permite decidir quais metas são as que realmente importam.
Portanto, uma vida valiosa é o resultado de agir a serviço do que você realmente valoriza. O problema é que muitas vezes não sabemos identificar quais são esses valores e como eles se relacionam com nossas áreas vitais. 
São nove as principais áreas que compõem a nossa vida: relações familiares, relações íntimas ou de casal, relações sociais, trabalho, educação, lazer, espiritualidade, cidadania e saúde.

“ A maturidade é alcançada quando uma pessoa adia prazeres imediatos por valores de longo prazo ”. -Joshua Loth Liebman-.

Para cada área damos um nível de importância e em cada um agimos de forma diferente para resolver os obstáculos que surgem. No entanto, o caso é que muitas vezes as soluções que implementamos não coincidem com nossos
princípios. É por isso que fazemos coisas que nos arrependemos ou bloqueamos ao tomar decisões. Tudo isso nos leva a nos sentirmos sobrecarregados, exaustos ou perdidos.

Lamentos na hora errada

Bronnie Ware, uma enfermeira canadense, coletou ao longo de vários anos os últimos arrependimentos de seus pacientes na unidade de cuidados paliativos.

Um artigo publicado mais tarde pela Harvard Business Review corroborou isso, há cinco lamentos comuns que se repetem em pessoas que vão morrer:

• Eu gostaria de ter vivido uma vida fiel a mim mesmo e não o que os outros queriam.
• Eu gostaria de não ter trabalhado tanto e ter tido mais tempo com meu parceiro e minha família.
• Eu gostaria de ter tido a coragem de expressar meus sentimentos.
• Eu deveria ter contatado mais com meus amigos.
• Eu gostaria de ter me feito mais feliz.

As pessoas se arrependem de perder as rédeas de suas vidas, de terem perdido tempo com seus entes queridos, não tendo se expressado para evitar  conflitos com os outros ou por medo. Somos pegos em um conformismo medíocre. Nós enjaulamos nossa rotina e deixamos de lado o tempo e o esforço que merecem o que realmente importa para nós.

A felicidade é uma escolha, o medo da mudança nos prende a hábitos que não produzem satisfação. Passamos mais tempo fazendo os outros acreditarem que somos mais felizes do que realmente somos.

Você escolhe aonde ir.

Pense que a chave está em antecipar essa frustração, encontrar nossos valores e estabelecer objetivos que deem sentido às viagens que escolhermos. Os profissionais da psicologia ajudam as pessoas a passar da fala para a ação. O primeiro passo é identificar seus valores e sua hierarquia com base no momento vital em que você se encontra.

A partir daí, metas de curto e longo prazo são estabelecidas. Ou seja, os valores formarão os pilares sobre os quais estaremos estabelecendo objetivos ao longo do tempo. Objetivos que realmente nos dão sentido e com os quais teremos a oportunidade de nos aperfeiçoar e nos sentirmos confortáveis.

Mais tarde, concretizaremos e planejamos esses objetivos em ações. Esta é a parte que dá mais medo por causa das dificuldades que antecipamos. Fazer mudanças nos causa insegurança e queremos fugir para evitar enfrentá-las. 

Da psicologia trabalhamos ao longo do processo para superar obstáculos e barreiras.

. Pense que não há bem-estar maior do que o alcançado por meio de escolhas próprias.


“ Abra seus braços para mudar, mas não deixe seus valores ”.

-Dalai Lama-

Fonte: Pensar Contemporâneo.




sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

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Cuidado com o “breadcrumbing”:  talvez você seja vítima (ou praticante!)

Mais um termo da língua inglesa começa a ganhar popularidade em nosso idioma: “breadcrumbing”.
A tradução é algo como “espalhar migalhas de pão” – sim, a inspiração vem diretamente do conto infantil “João e Maria”. O termo “breadcrumbs” (“migalhas de pão”) já era usado no jargão cibernético em referência à estrutura de navegação em sites da internet, mas o sentido da expressão “breadcrumbing” (“espalhar migalhas de pão”) é diferente: ela indica a prática de ir espalhando “sinais de interesse” por outra pessoa, mas sem ter qualquer intenção de estabelecer um relacionamento sério com ela.
Os adeptos do “breadcrumbing” são aquelas pessoas que, por exemplo, ficam mandando mensagens reservadas e “curtindo” as postagens de alguém nas redes sociais como se estivessem sugerindo um interesse especial que vai além da amizade – mas sem passar nunca para um relacionamento amoroso real. Existe a insinuação de interesse, mas não existe a concretização.
A pessoa que recebe os supostos “sinais de interesse” fica alimentando expectativas apenas para se ver frustrada – sem falar no fato de que ela perde oportunidades de relacionamento sério porque está presa ao inútil aguardo de algum passo concreto do “espalhador de migalhas”.
E o que leva tanta gente a praticar o “breadcrumbing”?
As motivações podem ser diversas: de simples imaturidade, insegurança e indecisão até o consciente desejo de manter controle sobre a outra pessoa e, com isso, alimentar o próprio ego. Em qualquer dos casos, o “breadcrumbing” é um jogo inconsequente e irresponsável de aparências, manipulação e engano culpável: ele afeta um ser humano que está sendo induzido a alimentar esperanças ilusórias – e essa ilusão poderá, nos casos mais sérios, provocar grandes sofrimentos.
Manipulação também no âmbito profissional
Além das ilusões sentimentais, o “breadcrumbing” vem se tornando uma praga também no contexto profissional. Supostos “prospectos” se mostram interessados no trabalho de alguém e começam a solicitar informações, detalhes, exemplos, períodos de teste sem compromisso, nomes e casos de clientes, orçamentos, propostas… mas sem intenção alguma de concretizar um verdadeiro relacionamento profissional. São vampiros que sugam o que podem e depois voam noite adentro.
Trata-se de um jeito corrupto de induzir profissionais a compartilharem seus conhecimentos, seus diferenciais e suas habilidades, mas sem remunerá-los de maneira alguma. Os profissionais são levados apenas a perder tempo e a ceder recursos valiosos por conta de uma “aparência de interesse”, que, em muitos casos, era premeditadamente enganosa.
Assim como as vítimas do “breadcrumbing amoroso”, também as vítimas do “breadcrumbing profissional” precisam aprender a reconhecer essa prática e a reagir rápido, impondo limites e exigindo comprometimento efetivo do suposto “interessado”.
O “breadcrumbing” é uma forma de abuso vastamente comum, mas que ainda não tinha “nome” e, em muitos casos, não era sequer percebida por boa parte das vítimas como abuso e manipulação. É o tipo de prática prejudicial que só pode ser combatida mediante a conscientização e a mudança cultural.
Como ensinou Jesus, “que o vosso sim seja sim e o vosso não seja não”. É uma regra básica do jogo limpo.
Fonte: pt.aleteia.org